O goianiense reclama bastante do trânsito. E as reclamações, geralmente, são voltadas para os políticos e órgãos responsáveis por regulamentar e fiscalizar. Eu discordo! Pelo menos em grande parte... E me lembro do slogan utilizado pelas propagandas de conscientização: quem faz o trânsito é você!
Não quero dizer que os políticos estão isentos de toda e qualquer responsabilidade, até porque educar (e punir, se necessário) os maus motoristas também é função do governo. Mas de que adianta jogar pérolas aos porcos? Como ensinar a quem não quer aprender?
Hoje presenciei novamente uma situação que comprova que grande parte da culpa pelo caos no trânsito é, de fato, do condutor. Atribuo isso a uma atitude natural do ser humano: o egoísmo. Pela vontade de chegarmos logo em nosso destino, acabamos por ignorar as necessidades dos outros e acabamos gerando caos e atrapalhando várias pessoas para conseguir o que nós queremos. O "eu" acaba prevalecendo sobre o "nós", por que o "nós" acaba ficando mais parecido com "eles" do que com "eu".
Eu trafegava pela Avenida Independência, uma grande via de Goiânia. O sentido contrário ao que eu transitava estava engarrafado. Bastante engarrafado. O sentido em que eu estava, entretanto, estava fluindo. Até que, em determinado cruzamento, a situação começou a mudar.
Para chegar em casa, eu precisava virar à esquerda no próximo semáforo. O grande problema era o cruzamento fechado. De fato, a avenida estava congestionada em um sentido. Mas, não fosse a atitude egoísta de fechar o cruzamento de quem trafegava no sentido engarrafado, o sentido contrário da Independência não precisaria parar, bem como a rua que a outra rua do cruzamento.
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