sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Natal


















terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Em Paz [2009/2010]

Acabei de ver no site do Pouca Vogal que eles fizeram uma nova versão de Em Paz. Não podia deixar passar em branco.


Em Paz [2009/2010]
humberto gessinger

há quem faça as contas
há quem vá às compras
quando mais um ano chega ao fim

hora de escrever cartões
hora de rever os planos
mais um ano chega ao fim

que venha em paz
o ano que vem
que venha em paz
o que o futuro trouxer

cai a neve nas vitrines
e a gente derrete ao sol
deste natal tropical

os cachorros da vizinhança vão latir
sob os fogos de artifício
pensarão que é o fim
e será só o início

que venha em paz
o ano que vem
que venha em paz
o que o futuro trouxer

há quem ignore o calendário
há quem fique de olho no horário
quando mais um ano chega ao fim

que venha em paz
o ano que vem
que venha em paz
o que o futuro trouxer

sábado, 19 de dezembro de 2009

Em Paz

Todo final de ano eu lembro de Em Paz, música do Humberto Gessinger que já chegou a se chamar 98/99. É uma dessas que fico com vontade de ouvir e cantarolar por aí sempre nessa época do ano...

É a tradicional música de Natal. Pra mim, mais até do que aquela vinheta da Globo que todo mundo gosta de cantar. Chega a ser um hino. Quase como Merry Xmas do Lennon.




Que venha em paz
O ano que vem
Que venha em paz
O que o futuro trouxer

sábado, 5 de dezembro de 2009

Encontro de Marias

Hoje me deparei com a notícia de que a tenista russa Maria Sharapova veio ao Brasil para promover um loteamento em São Paulo. Daqui a pouco ela vai enfrentar a argentina Gisela Dulko, num jogo de de exibição.

Mas antes disso ela quis encontrar com Maria Esther Bueno, a grande tenista brasileira do passado. Quem acompanha meu blog deve se lembrar que há alguns meses eu falei sobre Maria Esther e Gustavo Kuerten. Se até o Guga começa a cair no esquecimento, o que dizer dessa senhora. Para quem é brasileiro e não conhece a importância de Esther para o tênis mundial, mire-se no exemplo de reverência de uma russa.


Maria Sharapova e Maria Esther Bueno


Sharapova e Gisela Dulko


Reportagem do SporTV sobre o encontro de Marias

domingo, 29 de novembro de 2009

MP Rumo à Excelência

Nas últimas  três semanas participei, juntamente com outros colegas do Departamento de Análise e Programação de Sistemas, do Workshop "MP Rumo à Excelência". O objetivo do evento era apresentar aos promotores e procuradores do Ministério Público do Estado de Goiás as recentes evoluções do órgão, além de abrir espaço para eles discutirem os próximos passos.

E foi para atender parte desse objetivo que eu e meus colegas apresentamos o sistema que estamos desenvolvendo. Fomos lá para apresentar o que a TI tem a contribuir com o trabalho dos membros do MP. Também houve um momento para colhemos novos requisitos que serão implementados em uma versão futura. Foram seis encontros, sendo dois por semana. Nossa equipe participou dos seis, sempre no período da tarde.

O sistema apresentado se chama Atena, e tenho orgulho de dizer que ajudei na escolha do nome. Trata-se de um GED (Gerenciador Eletrônico de Documentos). Mas chamá-lo de GED talvez seja pouco! O sistema será utilizado para gerenciar autos e documentos de toda a instituição. Servirá tanto para gerenciar o trâmite de documentos e processos físicos (de papel), quanto para tramitar virtualmente documentos e autos digitais. Além de permitir a tramitação de processos "mistos", que existam parte no mundo virtual, parte no mundo real.













domingo, 22 de novembro de 2009

O que há de novo na internet?

Muito tem se comentado nas últimas semanas a respeito do Google Wave e do Novo Orkut. Tive o privilégio de testar ambas as ferramentas.

Gostei bastante do Wave. O Google diz que a idéia para criar essa nova onda surgiu do desafio resumido nesta frase: "queríamos criar o e-mail como se o e-mail fosse criado hoje". De fato, o e-mail tradicional que conhecemos hoje foi só a automatização do milenar "sistema de cartas físicas", cercado pela limitação tecnológica da época.

De lá para cá muita coisa mudou. E desta vez o Google acertou! O Wave, apesar de não ter uma interface rápida e fácil de utilizar, conseguiu inovar na forma de comunicação. Criar uma wave e convidar pessoas para acompanhá-la é muito mais prático do que enviar e-mails e ficar encaminhando respostas. Neste ponto, o Wave é dinâmico, rápido, instantâneo.

Na prática, o Google Wave é uma ferramenta de e-mail, fórum, lista de discussão, edição de textos colaborativos, compartilhamento de arquivos... tudo num só lugar. E eu gostei! Se vai virar uma febre, só o tempo dirá.

Falando em febre, vamos mudar o assunto para Orkut. Novo Orkut, pra dizer a verdade. Se bem que não tem muita de novo. Fora a possibilidade de escolher cores para temas e algumas facilidades que foram incluídas nas buscas de contatos e comunidades, muito do que mudou é meramente visual. Fizeram muita propaganda para pouca novidade.

Gostei bastante do Wave, mas não achei muita graça no Novo Orkut.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Atualizando...

Há alguns dias terminei de ler Fortaleza Digital. Logo que voltei a ler A Cabana, chegou The Lost Symbol pela Amazon. Resolvi que vou terminar de ler o do William Young antes. Até para não ter uma overdose de Dan Brown.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Leitura diária

Há duas semanas terminei de ler O Inocente, de John Grisham, que havia pego emprestado com um casal de amigos. Ótimo livro. Uma história surpreendente. Mais ainda por se tratar de fatos reais.

Mas logo parti pra outro. Enquanto não chega The Lost Symbol, que pedi junto com um amigo da Amazon, estou lendo outro do Dan Brown: Fortaleza Digital. Um livro que me prendeu logo nos primeiros capítulos. Talvez por causa do assunto: intrigas de agências americanas, envolvendo criptografia, supercomputadores e toda aquela parafernália tecnológica.

Ainda tenho aquele "pacotão de livros" pra ler, mas Fortaleza Digital acabou furando a fila. The Lost Symbol também deve furar, assim que chegar. =)

Esse ano eu li pouco. Mas não vai dar pra tirar o tempo perdido. Ainda mais agora que o trabalho começa a me exigir cada vez mais... Fazer o quê? Ler o que puder.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Twitter killed the blog star

Video killed the radio star é uma canção da banda The Buggles, lançada em 1979. Não, eu não sou dessa época! Acabei conhecendo a música através de outra banda: The Presidents of the United States. A regravação foi por volta de 98, tempo aquele em que eu passava as tardes assistindo clipes na MTV. As duas versões são legais e vale à pena ouvi-las. Sem falar nos clipes, que são muito engraçados.

Mas não é sobre a música que eu quero falar, e sim sobre uma paráfrase que andam fazendo em cima dela: Twitter killed the blog star. Já virou moda dizer que o Twitter matou o blogueiro. Moda talvez seja um termo pejorativo. Digamos que matar o blog virou um "trending topic", pra falar na linguagem dos tuiteiros. Tenho lido alguns posts (e vários tweets e RTs) sobre o assunto.

Acho que a conclusão mais acertada é de que Twitter e Blog podem coexistir pacificamente. São veículos diferentes, com objetivos diferentes. Duas ferramentas que podem, até mesmo, serem utilizadas em conjunto. Assim como o rádio e a televisão, que sobrevivem até hoje. Aquela overdose de MTV, pra falar a verdade, acho que até me fez mal. Hoje ouço muito mais música do que vejo clipes!

A propósito... se você chegou até aqui, já sabe que meu endereço no "blog-world" é maxmiliano. No twitter, eu sou @maxbraga.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Gêneros

Hoje ouvi alguns sons antigos que são novidades para mim. Entre um pouco de blues e jazz, um pouco de bolero. Agora eu entendo o nome e os versos da música dos Engenheiros. "Coração na mão, como um refrão de bolero." Faz todo o sentido pra mim agora. Vários sentidos na mesma direção.

Depois, voltando ao que eu já estava acostumado a ouvir, resolvi baixar versões diferentes de canções conhecidas. Descobri como são legais as tais Backing Tracks. Ouvir rocks consagrados sem os vocais ou suprimido de um ou outro instrumento faz bem de vez em quando. E chega a ser divertido.

Mas é também aquela velha história: temos a tendência de dar valor somente quando sentimos a ausência, a falta. Cadê aquela guitarra? Ah! Então era aí que o contrabaixo encaixava? Aquele teclado era chato, mas como ele faz falta nessa música, héin!? E essa outra... ficou tão sem sentido sem a voz do Lennon. O violino era a alma daquela outra, sem ele, a canção perdeu todo o encanto. E onde está a ternura e o perfume daquela mulher que o poeta descobriu que amava? A música ficou sem ritmo, sem melodia, sem letra, sem refrão...

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Deveras deveria

Deveria haver uma forma de pagar por todos os nossos erros de uma só vez. Mas de que adiantaria, se continuássemos errando?
Paulo diz que todo o preço já foi pago. Pelo passado e futuro. E que foi tudo dado de graça. Mas e então? Se já está pago, vamos continuar abusando e aumentando a conta? A resposta deveria ser "não".
Deveria...

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Por quê?

GTalk, MSN, Twitter, Orkut, Facebook, Youtube, Blogger... um monte de nome diferente, que no fim é a mesma coisa. 
Uma pessoa escrevendo de um lado e mais algumas outras lendo do outro. E é aí que está a mágica. Qualquer um pode escrever para o mundo inteiro. Qualquer um pode ser um astro de hollywood, um popstar, um bonitão. Quem sabe até um paperback writer.
Por favor, clique no anúncio e me dê dinheiro. Por favor, comente e me doe sentimento. Me siga. Me add. Me poke. Me leia. Me dê atenção. Aumente meu contador. São sempre os mesmos pedidos, com palavras diferentes. E, no fim, a grande pergunta da humanidade: Por quê?

sábado, 15 de agosto de 2009

Amor fati (amor ao destino)

"Amor fati: seja este, doravante, o meu amor. Não quero fazer guerra ao que é feio. Não quero acusar, não quero nem mesmo acusar os acusadores. Que minha única negação seja ‘desviar o olhar’! E, tudo somado e em suma: quero ser, algum dia apenas alguém que diz sim."
Friedrich Nietzsche

Talvez, neste ponto, Nietzsche esteja certo. Amor ao destino, ao fado. Aceitar o que vier, sem reclamar, sem lamentar. Outro dia me disseram para ser assim. Mas não é fácil!

O outro lado também não é tão simples. Viver se escondendo... Mas há quem diga que é preciso ter coragem até mesmo para ser covarde.

A Lista



A Lista
Oswaldo Montenegro

Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais
Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você já desistiu de sonhar!
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar
Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espelho de agora
Hoje é do jeito que achou que seria?
Quantos amigos você jogou fora
Quantos mistérios que você sondava
Quantos você conseguiu entender
Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber
Quantas mentiras você condenava
Quantas você teve que cometer
Quantos defeitos sanados com o tempo
Eram o melhor que havia em você
Quantas canções que você não cantava
Hoje assobia pra sobreviver
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você
Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais
Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Mais verde ainda!

Ontem eu evitei de falar do Goiás. Mas hoje não tem jeito. Tenho que falar. Começa a amadurecer o primeiro título brasileiro do Gigante Esmeraldino.

Mesmo jogando desfalcado há algumas rodadas o Goiás conquistou nesta noite sua sexta vitória consecutiva! A chegada do Fernandão só aumentou ainda mais a euforia. É difícil conquistar um campeonato Brasileiro. Mas não é difícil só pro Goiás. É difícil para todos os times. Dá pra acreditar. Por que não?

E pra não dizerem que estou falando muito, deixo algumas imagens falarem por mim.








terça-feira, 4 de agosto de 2009

O Verde

Tem muita coisa boa que é verde. Errou! Não vou falar do Goiás. Tem outras "coisas boas" em tons esmeralda. Maçã, por exemplo. A verde é bem mais gostosa que a vermelha. Tem a pêra, antes de ficar muito amarelada e sem graça, ela é verde.

E o abacate? Verde por fora e por dentro. Melancia, grande e verde. Mas só por fora. Por dentro é vermelho e preto. Com pedaços brancos sem graça. Kiwi... mas é verde só por dentro. Por fora é marrom e peludo. Tem também limão! Ah! Mas limão nem é tão bom. Tem que misturar na salada ou mexer com açúcar pra descer bem.

Mas o angá é verde e branco. E é doce, muito doce. Docinho! Ah! Tem goiaba. De um verde muito forte por fora. Por dentro pode ser branca ou... humpf... vermelha.

Ah, vermelho intrometido! Cor de terra, de sangue e de olhos chorosos...

terça-feira, 14 de julho de 2009

Contrabaixo com palheta

Já tinha tentado tocar com palheta antes, mas desistia nas primeiras batidas. Hoje resolvi levar um pouco mais a sério a tentativa. Sério, mas nem tanto! Caramba! Como é difícil!

Alguns dizem que é questão de treino... Espero que seja mesmo, pois agora estou disposto a aprender. =)

domingo, 5 de julho de 2009

Wimbledon, há 50 anos

Ontem o primeiro título de Maria Esther Bueno completou 50 anos.



Podemos dizer que Maria Esther Bueno está para o Wimbledon como Guga está para Roland Garros. Quando meus pais queriam me incentivar a jogar tênis, era ela que eles citavam. A histórica tenista brasileira que se tornou popular no mundo inteiro. Pena que demorou tanto tempo para um tenista brasileiro voltar ao topo. E parece que durou tão pouco!

Será que ainda vamos ter outra Esther Bueno ou mais um Gustavo Kuerten?

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Acoustic guitar

Na última semana deixei o contrabaixo um pouco de lado e resolvi arriscar uns arranhões no violão. Relembrei o quanto é difícil ficar mudando de acordes rapidamente. Saber qual corda apertar com qual dedo não é o mais difícil. Além de poder pesquisar pelas notas de cada acorde em sites de cifras, começo a ver algum sentido na "montagem" dos acordes.

O complicado mesmo é ter agilidade nos dedos. Trocar de um formato pra outro, deixando as voicings é outro desafio. O qual não pretendo tentar vencer agora. Ainda tenho muito (mas muito, mesmo) o que aprender no baixo para tentar me aventurar em outro instrumento por enquanto. Deixa o violão pegar mais um pouco de poeira!

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Skank - Sutilmente


Uau!

Eu preciso de um capotraste!

Hummmm...

Também preciso de um violão!

Ahhhhh...

Já ia me esquecendo do mais importante: preciso aprender a tocar.

Eu preciso!

sábado, 6 de junho de 2009

Cem horas


O relógio
por Maxmiliano Franco Braga 


    Tic. Tac. Tic. Tac. No meio da noite, quando não havia mais o barulho de carros passando na rua, a TV estava desligada e a chuva havia parado, tudo o que eu ele podia ouvir era o som do relógio. O tempo se arrastava pesadamente. Tic. Cada segundo passava lentamente. Tac. Com a mente ainda um pouco dormente, perdido em um sonho esquecido, ausente, tentava pensar com clareza. Era madrugada. Tinha muita noite ainda pela frente. Ele, entretanto, sabia que o barulho do caminhar das engrenagens não o deixaria dormir tão facilmente.

    Tic. Tac. Ecoava em sua cabeça a força do tempo passando. O relógio estava ali há quase um ano. Presente de aniversário. Esteve sempre tiquetaqueando por todo esse tempo. Seus movimentos, porém, sempre abafados pela agitação das manhãs ou a correria dos finais de tarde, não era notado. Tic. Algo o perturbava naquela noite. Por que foi acordado no meio da madrugada por um barulho que sempre existiu? Tac. Pensou em jogar o relógio pela janela. Tic. Não o fez. Covardia ou preguiça? Tac. Talvez os dois. Pensou em tirar a pilha. Tic. Sabia que não iria adiantar. O tempo continuaria ecoando em sua cabeça. Tac.

    Fechou os olhos. O barulho continuou. Por fim, ele dormiu. Mas não mais sonhou.

sábado, 30 de maio de 2009

Zero hora

À meia noite a carruagem vira abóbora e os cavalos viram ratos. 

Uma garrafa de cachaça se quebra na rua, e alguns trôpegos caminham para a feira de bois. Desafortunados vigiam veículos. Eu desisto da minha costumeira independência, e parto para o caminho do diabo velho. Cruzo com as araras vermelhas e navego pelo rio não navegável. Chego em casa no horário.

A lua, porém, ainda sorri. E eu procuro a dona de um sapato de vidro.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Varal de Talentos

Esse bimestre maio-junho saiu uma crônica minha no Conexão MP, o jornal mural do Ministério Público. É meio estranho ver a própria foto em cavaletes próximos às portas do elevador e ser cumprimentado por pessoas com quem ainda não havia conversado. Mas é uma sensação boa.
A curtição dos amigos quanto à "suspeita" pose na foto já era esperada e não causa maiores problemas. =)

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Sem graça

Um texto rápido e curto, como merece toda madrugada. Pra dizer a verdade, não gostei dele. Mas é o melhor que tenho para postar agora. Pra dizer a verdade verdadeira, até tenho outros prontos há mais tempo e escrito com mais calma. Mas, sendo sincero, quero postar esse mesmo, ainda que sem nenhum significado ou sentido real.

Os nomes são fictícios, para proteger a integridade moral de quem inspirou os personagens. Na verdade, a frase anterior é mentira. Os nomes são de pessoas verdadeiras, que têm comportamento semelhante, pra não dizer idêntico, aos dos personagens. Pra ser sincero, talvez eu esteja exagerando. Mas tudo bem!

O sono já afetou minha lucidez e agora pareço estar com um gerador de lero-lero ligado em minha cabeça. Então, melhor deixar as explicações de lado e partir logo para o texto.

Sem graça
por Maxmiliano Franco Braga

    Aniversário de criança. Uma festa à fantasia ao som de canções infantis. A aniversariante, uma singela bailarina, sorria a contra-gosto, sob olhares indicativos da mãe, para todos os convidados. Uma boneca de porcelana que caminhava entre os convidados. Cada um ali com sua fantasia. Piratas e princesas era o que mais se via. Havia ainda três zorros, dois batmen e um homem-aranha..
    O menino Luizinho, com sua luxuosa fantasia de Bozo, sentava-se entediado à mesa com seus pais e tios. Segurando um palito de pirulito ele mexia uma empada que flutuava em seu copo de guaraná. Enquanto seus amiguinhos brincavam e dançavam ao som de músicas da Xuxa e NX-Zero, ele ficava ali, fitando o infinito. Irritado e sem achar graça em nada. Até o momento em que viu seu primo Augustinho passando o dedo no bolo e lambendo. Seus olhos brinlharam com a cena. Um pouco por inveja, um pouco por algo que nem ele sabia. 
    O menino Luizinho saiu da mesa seus responsáveis e se esgueirou entre adultos e outras crianças até chegar à mesa de doces. Tinha a intenção de imitar seu priminho Augustinho. Lá chegando, porém, a imagem das guloseimas feitas à mão o fizeram esquecer por completo do bolo. Todos os personagens de um circo estavam ali representados. Elefantes, leões, domadores, trapezistas, mágicos, dançarinas e, aqueles que o menino Luizinho mais admirava, palhaços. 
    A tristeza do menino desapareceu quando ele viu os detalhes, entalhados à mão, de cada um dos doces em forma de gente e de bicho. O menino Luizinho virou para os lados. Ainda que tivesse alguém olhando, nada o teria detido. Pegou um palhaço e comeu. Engoliu sem mastigar, tamanha a voracidade. Voltou sorrindo para a mesa dos familiares. Ao se sentar na cadeira, assustou-se quando olhou para o lado e viu a cara de sua mãe quase colada na dele. A matriarca certamente havia estranhado a repentina mudança de humor do seu pimpolho. Conhecendo o histórico de travessuras, preocupou-se em descobrir o que ele havia feito.
    - O que aconteceu, Luiz Fernando Otávio Mendes Júnior? - perguntou Dona Armelinda, séria e ríspida.
    - Nada, mãezinha - respondeu o menino Luizinho, sem conseguir conter os risos - hihihi!
    - O  que foi? Alguma coisa você aprontou e vai me dizer o que foi!
    A resposta foi uma onda de risadas e gargalhada. A mãe se irritou com a crise de riso e usou uma expressão de deboche que há muito não falava e que talvez o garoto nem conhecesse:
    - O que foi, moleque? Por acaso engoliu um palhacinho?
    O menino Luizinho levou um susto! Parou de rir naquele instante. Sua face começou a ficar branca, depois rosada e, por fim, vermelha. Com seu olhar fitando os olhos da sua mãe, sério, ele disse:
    - Sem graça!

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Velhinhos divertidos

Quando escrevi "Do, La, Si" eu pensava em um casal de velhinhos que faz coisas parecidas com o que faz o que está na vídeo.


terça-feira, 28 de abril de 2009

Quando a lua sorri

Dando seqüência à série de  textos curtos, segue uma pequena crônica de parágrafo único. Esse acabou de sair do forno. A idéia nasceu enquanto eu voltava do futebol, há umas duas horas atrás, e olhava para o céu, entre uma parada e outra. Enquanto me lembrava de um sorriso que eu havia vislumbrado pouco antes do pôr-do-sol, vi que a Lua o tentava imitar. Não por acaso. O Satélite Natural fazia isso só para me provocar!

Lua Nova
por Maxmiliano Franco Braga

    Voltando para casa, por volta das vinte e trinta da noite, olhei para o céu e vi um sorriso. Branco como lebre, um sorriso bobo, um sorriso alegre. Eu olhava para os carros à minha frente, com luzes vermelhas e laranjas que piscavam. O sinal fechou e parei. Olhei novamente para o céu. Não havia estrelas, só um manto azul escuro, quase negro, e o sorriso debochado cintilante. Uma luz forte piscou atrás de mim. O semáforo estava verde. Enquanto arrancava olhei uma vez mais para o sorriso contente. Vendo minha imagem no retrovisor percebi que eu também sorria para o céu.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Dois sonhos, um sorriso

Hoje resolvi tomar um atalho pelo caminho de textos curtos. Não que eu queira tropeçar no mesmo caminho da Chapéuzinho Vermelho, mas hoje quero tentar dizer muito falando pouco.
Dois sonhos, um sorriso
por Maxmiliano Franco Braga

    Acordei sorrindo. O motivo era a lembrança de um sonho bom que tivera à noite. Já acordado, mas ainda sem me levantar, fechei bem os olhos franzindo a testa. Pensei que esse gesto pudesse me ajudar a registrar aquela seqüência de imagens, sons e sentimentos que me embalaram durante um curto, mas agradável, período da noite.
    Gestos em vão. Os dedos na fronte não seguraram o roteiro do que eu havia sonhado. E os olhos fechados não me ajudaram a manter o foco naquilo que eu queria lembrar. As idéias se espalharam pelo ar, como a fumaça de uma vela que teve a chama soprada.
    Esquecer o que sonhei não foi, entretanto, suficiente para acabar com minha alegria. Embora não lembrasse o enredo, ainda guardava a personagem. Enquanto eu ia esquecendo os fatos, uma foto se formava em minha mente. Era um retrato sépia de uma menina sorrindo. E, de repente, o retrato tomou vida. E eu já estava sonhando de novo. Desta vez, porém, acordado. A imagem do sorriso foi ganhando cores e a menina, cada vez mais viva, me encarava com olhar firme e brilhante.
    A lembrança do sonho noturno havia evaporado, mas havia agora um sonho matinal que mantinha em mim o sorriso com o qual eu havia acordado.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

terça-feira, 21 de abril de 2009

Drawing Hands

Drawing Hands by M. C. Escher

Brinquedinhos novos...

Da direita para a esquerda:
- Bass Limmiter [Groovin]
- Ultra Bass Flanger [Bheringer]
- Bass Chorus [Bheringer] (esse já é velho de casa)

Os três acondicionados no meu novíssimo Pedal Board da Boss. Agora dá pra controlar um pouco mais o barulho.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Um Dó, La, Si e...

Vinha guardando esse texto para mostrar a amigos. Mas então pensei... por que não postá-lo? Afinal, muitas dessas pessoas queridas acabam, uma hora ou outra, acessando meu blog.

Esse texto foi digitado em poucos minutos numa noite qualquer, depois que passei o dia todo imaginando e reprisando o diálogo mentalmente. Eu gostei muito de fazê-lo. Achei divertido de ler depois de pronto.

Dó, Lá, Si

por Maxmiliano Franco Braga

    Ela termina o café enquanto ele entra trazendo os pães. Ele batuca com dois baguetes na mesa e ela responde tilintando a colher do açúcar na taça de suco. Pronto! É sinal de que irá começar novamente uma velha discussão. Você tem sorte! Essa é das boas. Quem ouve e vê pela primeira vez pensa que é puro improviso. Parece uma conversa normal que caminha para uma discussão. Eles parecem medir o que vão dizer, procurando com cuidado as palavras. Porém, para alguém que já assiste a esta discussão há décadas, como eu, é ainda mais fascinante. Parece até que eles seguem um roteiro. Palavra por palavra. Nota por nota. Nunca faltou uma letra sequer. Nada muda. Nem as frases, nem os pontos, nem as vírgulas. O assunto é sempre o mesmo. Os argumentos não mudam. E o vencedor, sempre se repete. Não sei como não se cansam. Parece até um ritual. Mais pontual que oração matinal. Tão certo quanto no prato dele tem leite e cereal. Olhe lá! Já vão começar. Silêncio. É sempre ele quem fala primeiro. Não! Não olhe para mim. Olhe para eles. E cuidado para não ser visto por trás da cortina. Eles são tímidos. E não pise as margaridas. Ela as ama mais do que gosta provocar o marido.
    - Dó é ou não é a nota mais bela?
    - E o que há de belo em algo tão grave?
    - É aí que está a beleza. Entra pelos ouvidos e faz-te tremer-te por dentro. Sentes todo teu corpo vibrar em uma só freqüência. É como a beleza da rosa que passa por teus olhos e te faz arrepiar.
    - Entretanto a beleza da rosa é aguda, como um belo, longo e estridente si. Tão delicada ela é quanto a mais fina voz feminina.
    - Confesso que percebo todo o encanto da voz feminina. Da tua inclusive, que é a mais perfeita que na terra já ouvi. Ainda assim, o mais belo som que eu já ouvi foi o mais grave que com tua fina voz conseguiste produzir. E digo mais! O dó vem primeiro. É o princípio. Abre tudo!
    - Não te lembras que antes de qualquer dó há um si?
    - Ah, tenha dó! Agora tu vens com uma falácia! É como dizer que dezembro vem antes de janeiro...
    - E não vem? Ah, se vem! Antes de qualquer janeiro vem dezembro.
    - Sim! Mas é um dezembro passado, morto e enterrado. Se antes de qualquer dó vem um si, saibas que antes deste si existe um lá, antes do qual há um sol, precedido por fá, que não vem antes de um mi, o qual precede um ré, que só veio depois do dó!
    - Ah, tenha dó! Tu e tuas convenções. Se pensares assim, terás sempre um ciclo sem fim!
    - Pois não é! Para tudo na vida existe um começo. E eu digo que nas escalas musicais é o dó! É a primeira nota da escala perfeita sem acidentes, portanto é o princípio de tudo. Se pensares que um dia chegarás à primeira escala, e antes dela não haverá outra, estejas certa que no início dela, encontrarás o mais grave e notório dó.
    - Pois eu discordo! Lá pode muito bem ser a primeira. Pois para mim, perfeição de escala é algo de ser menor. Não precisa ser nada grande ou maior do que já conheço. Basta começar em lá, também sem acidente algum. E digo mais! Qual é a primeira letra do alfabeto? Não precisa dizer. Se quiser, apenas pense. Pois bem! Minha escala começa com A.
    - És tu advogada de quem? De Lá ou de Si, mesmo?
    - Sou defensora da justiça. E não vejo nada de justo em eleger um filho predileto.
    - Pois deixa-me escolher os meus favoritos que para ti eu deixo os teus. 
    - Falas como um pintor que só usa o marrom, e joga no ralo todas as outras belas cores que poderia misturar na tela. Tenta, então, fazer música com tuas grossas cordas de navio usando apenas dós, que eu do meu clarim sopro tudo o que quiser, de lá à lá. Aí está o meu protesto!
    - Insistes em começar com lá. Pois pra mim tudo começa com dó. Da escala maior, a primeira cantada e a primeira emitida. Quando Adão disse sua primeira sílaba, tenho certeza que se não foi dó, foi, ao menos um ó, ao falar com Deus e admirá-lo.
    - Quanta arrogância. Suponha, e esta será apenas uma hipótese, que eu aceitasse teu dogma de que o dó é a primeira nota, então tu terás que concordar comigo que o si é o gran finale. O que melhor pode haver para terminar tua doída escala iniciada com dó? 
    - Veja bem, minha querida, e pense com cuidado. Se, e somente se, teu si está na minha bela, perfeita e magnífica escala de dó maior, que começa em dó, este si só pode estar antes do meu último dó, a oitava que me completa. Ou esqueceste que o fim é quase o começo?
    - Ah! Tenha dó! Tu e tuas convenções.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Tá na hora...

"Tá na hora de você pensar de novo
Nas porquêra que ocê faz na sua vida
Ê vida sofrida
Esse ano vô curá minhas firida"
                    (Pato Fu)

Acampamento Escoteiro

Na Semana Santa aconteceu o Acampamento do Grupo Escoteiro Goyaz. O GE do qual participou, o Grupo Escoteiro Cruzeiro do Sul, foi convidado para participar e não decepcionamos. Levamos nossas duas seções: Alcatéia e Tropa Escoteira.

Como imagens falam mais que palavras, eis aqui algumas fotos.




















quinta-feira, 9 de abril de 2009

Uma nova jornada

Agora é mochila nas costas e pé na estrada.

Já dizia um grande amigo meu: "Cada passo que se dá é um pé que vai pra frente." A frase é do tipo isso-era-pra-ser-engraçado, mas acho que transmite a mensagem. Preciso aprender a seguir novas pistas, trilhas e rumos. Cruzar pontes e travessias. Está na hora de levantar. Partir e andar.

Começar, ou recomeçar, é sempre difícil. Mas é preciso. Na verdade, é necessário, ainda que impreciso.


* * *


Em tempo, Feliz Páscoa! Que o verdadeiro sentido da data esteja no coração de cada um. No coração... e não somente no estômago cheio de chocolate.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Marco zero!

Imaginando linhas que não existem, aqui é onde o Greenwich encontra o Equador.

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domingo, 5 de abril de 2009

Um Sol acima do Sol



Acima do Sol
Skank (Chico Amaral / Samuel Rosa)

Assim ela já vai
Achar o cara que lhe queira
Como você não quis fazer
Sim, eu sei que ela só vai
Achar alguém pra vida inteira
Como você não quis...

Tão fácil perceber
Que a sorte escolheu você
E você cego, nem nota
Quando tudo ainda é nada
Quando o dia é madrugada
Você gastou sua cota...

Eu não posso te ajudar
Esse caminho não há outro
Que por você faça
Eu queria insistir
Mas o caminho só existe
Quando você passa...

Quando muito ainda é pouco
Você quer infantil e louco
Um sol acima do sol
Mas quando sempre
É sempre nunca
Quando ao lado ainda
É muito mais longe
Que qualquer lugar...

Um dia ela já vai
Achar o cara que lhe queira
Como você não quis fazer
Sim, eu sei que ela só vai
Achar alguém prá vida inteira
Como você não quis...

Se a sorte lhe sorriu
Porque não sorrir de volta
Você nunca olha a sua volta
Não quero estar sendo mau
Moralista ou banal
Aqui está o que me afligia...

Um dia ela já vai
Achar o cara que lhe queira
Como você não quis fazer
Sim, eu sei que ela só vai
Achar alguém pra vida inteira
Como você não quis...